sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Santuário de Panóias-Vila Real

Que a sua proximidade relativamente aos Deuses nos sirva de «cunha»para atrairmos a boa vontade Divina... afinal,temo-los,no sangue...

Saudações Pagãs
Pelos Deuses e pela Estirpe

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Santuário de Panóias-Vila Real

O Santuário de Panóias (monumento durante muitos anos designado por Fragas de Panóias) foi construído entre os finais do século II e os inícios do século III d. C. É constituído por um recinto onde se encontram três (entre outras) grandes fragas nas quais foram talhadas várias cavidades, de diversos tamanhos, bem como escadas de acesso. Numa das rochas foram também gravadas inscrições. Esta rocha, que denominamos de n.º 1, situada na entrada do recinto, possui as inscrições conhecidas, e que chegaram até nós, embora uma delas, ainda conhecida no século passado, tenha sido entretanto destruída.
Fonte:Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR

Santuário de Panóias-Vila Real











Santuário de Panóias-Vila Real

Inscrições:

A inscrição desaparecida, em latim, estava 6/7 metros a Este da segunda inscrição, do lado direito do caminho por onde se entrava para a área sagrada. O texto estaria orientado para a rocha situada na entrada do recinto e diz o seguinte:
DIIS (loci) HVIVS HOSTIAE QVAE CA / DVNT HIC INMOLATVR / EXTRA INTRA QVADRATA / CONTRA CREMANTVR / SANGVIS LACICVLIS IVXTA / SVPERE FVNDITVR
“Aos Deuses e Deusas deste recinto sagrado. As vítimas sacrificam-se, matam-se neste lugar. As vísceras queimam-se nas cavidades quadradas em frente. O sangue verte-se aqui ao lado para as pequenas cavidades. Estabeleceu Gaius C. Calpurnius Rufinus, membro da ordem senatorial.”
Para a rocha da entrada, sobe-se por uns degraus, sendo que antes de subir, à esquerda, fica a
segunda inscrição:

DIIS CVM AEDE / ET LACV M. QVI / VOTO MISCETVR / G(neus) C(aius) CALP(urnius) RUFI / NVS V(ir) C(larissimus)
(a primeira tradução é de António Rodriguez Colmenero, e a segunda de Geza Alföldy)
"Aos deuses, com o aedes e o tanque, a passagem subterrânea, que se junta por voto."
“G. C. Calpurnius Rufinus consagrou dentro do templo (templo entendido como recinto sagrado), uma aedes, um santuário, dedicado aos Deuses Severos.”
Restam os vestígios de um dos pequenos templos existentes no recinto. Subindo as escadas e passando para o outro lado da rocha, encontra-se a terceira inscrição:

DIIS DEABVSQVE AE / TERNVM LACVM OMNI / BVSQVE NVMINIBVS / ET LAPITEARVM CVM HOC TEMPLO SACRAVIT / G(neus) C(aius) CALP(urnius) RVFINVS V(ir) C(larissimus) / IN QVO HOSTIAE VOTO CREMANTVR
"A todos os deuses e deusas, a todas as divindades, nomeadamente às dos Lapiteas, dedicou este tanque eterno, com este templo, Gaius c. Calpurnius Rufinus, varão esclarecido, no qual se queimam vítimas por voto."
“Aos Deuses e Deusas e também a todas as divindades dos Lapitaes, Gaius C. Calpurnius Rufinus, membro da ordem senatorial, consagrou com este recinto sagrado para sempre uma cavidade, na qual se queimam as vítimas segundo o rito.”
Esta inscrição revela que o recinto é dedicado não só aos Deuses Severos mas também aos deuses dos Lapitae, deuses da comunidade indígena que existiria na região. Adiante temos a quarta inscrição (em grego):

Y'l'ICTw CEPA PIDI CYN KANqA Pw KAY MYCTOPIOIC C. C. CALP.RVFINVS VC.
"O esclarecido varão Caio Calpúrnio Rufino, filho de Caio, consagrou, junto com um lago e os mistérios, (um templo) ao mais alto deus Serápis."
“Ao altíssimo Serápis, com o Destino e os Mistérios, G. C. Calpurnius Rufinus, claríssimo.”
O senador consagrou o recinto sagrado à divindade principal dos deuses do Inferno, o Altíssimo Serápis, incluindo uma gastra e mistérios. Gastra, uma cavidade redonda, encontra-se imediatamente atrás da inscrição. A sua função no ritual seria o de assar a carne da vítima, que era consumida no local, em frente ao nome da divindade. A quinta inscrição indica o acto final:
DIIS SE(veris) MAN(ibus) DIIS IRA(tis) / DIIS DEABVSQVE (loca) / TIS (hic sacravit lacum et) / AEDEM (Gneus Caius Ca) LP (urnius Ru) FINVS (Clarissimus Vir)
"Aos deuses infernais irados que aqui moram, (dedicou) Gaius c. Calpurnius Rufinus, varão esclarecido."
“Aos deuses, G. C. Calpurnius Rufinus, claríssimo, com este (templo) oferece também uma cavidade para se proceder à mistura.”
Neste local, o iniciado purificava-se do sangue, gordura e azeite com que se tinha sujado.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre
Saudações Pagãs
Pelos deuses e pela estirpe

Santuário de Panóias-Vila Real











terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Ponte da Mizarela

A Ponte de Mizarela localiza-se sobre o Rio Rabagão, a cerca de um quilómetro da sua foz no Rio Cávado, ligando as freguesias de Ruivães (Vieira do Minho) a Ferral (Montalegre) .
A ponte foi construída na Idade Média
e reconstruída no início do século XIX. Está implantada no fundo de um desfiladeiro escarpado, assente sobre os penedos e com alguma altitude em relação ao leito do rio, sendo sustentada por um único arco com cerca de 13 metros de vão.
Está classificada como Imóvel de Interesse Público
desde de 30 de Novembro de 1993.

Ponte da Mizarela











Ponte da Mizarela











segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Dólmen de Lamoso

Situado nas proximidades do lugar de Condominhas, freguesia de Lamoso, a sua construção data do III milénio A.C. permanecendo como o único no concelho cientificamente divulgado desde os finais do século XIX até a primeira metade dos anos sessenta. E se a construção de tão importantes monumentos funerários dos nossos primeiros agricultores não supõe necessariamente um ordenamento social fortemente hierarquizado, implica, pelo menos, a utilização de formas de cooperação organizada para o cumprimento de tarefas que, no mínimo simbolicamente, assumiam um sentido colectivo.Trata-se de um dólmen possuidor de mamoa e com câmara poligonal composta por nove esteios, imbricados, com um comprimento de 2.30m. por 2.80m. de largura e ainda com tampa de cobertura, e um corredor com cerca de 3m. de comprimento e composto por oito esteios, quatro de cada lado, com uma tampa ainda in situ sobre os esteios. Classificado como Imóvel de interesse público pelo Dec. Nº47508, de 24.01.1967.
CRONOLOGIA:
Pré história e provavelmente datável do 111 milénio a. C.. O Dólmen de Lamoso teve uma primeira escavação em 1896 orientada por Oliveira Guimarães e outra em 1963, sob a orientação arqueológica do Dr. António Augusto Tavares. Durante as escavações efectuadas encontraram nas proximidades da pedreira, um machado polido, uma lâmina de sílex partida, uma enxó, dois percutores e restos de mós manuais e de cerâmica. só a enxó pode ser visitado no Museu Arqueológico da Citânia de Sanfins, pois o restante espólio foi entregue ao Museu Nacional de Arqueologia e Etnologia.
DESCRIÇÃO:
Trata-se duma grande "mamoa", com 25 metros de diâmetro e uma altura de 3 metros, com câmara poligonal, construída por 9 esteios que sustentam a enorme laje de cobertura, em parte fracturada. Na parte superior da laje de cabeceira há uma gravura em formato triangular. O corredor é curto (+ ou - 3 metros) e compõe se de esteios (8), quatro de cada lado, os quais suportam uma outra laje de cobertura.
Fonte: Câmara Municipal de Paços de Ferreira

Dólmen de Lamoso











domingo, 15 de fevereiro de 2009

Citânia de Sanfins

Tudo indica ter sido escolhido, na sequência da campanha militar de Décimo Júnio Bruto (138-136 a.C.) até à ocupação romana do Noroeste (29-19 a.C.), como capital dos povos Calaicos, dos Brácaros, situados na margem direita do Douro. Este sítio era já conhecido, tendo sido detectados elementos vestigiais mais antigos. Suspeita-se de um fundo pré-histórico do período calcolítico e achados de escavações documentam ter sido habitado por uma pequena população entre os sécs. V e III a.C. na parte superior da colina, identificável com a unidade étnica dos Fidueneas epigrafada no “Penedo das Ninfas”
(fase I).

O grande aglomerado da Citânia, terá resultado, porém, da congregação (sinecismo) de diversas comunidades limítrofes por motivos estratégicos sequentes à campanha de Décimo Júnio Bruto, desempenhando, então, o lugar de capital regional (fase II).

Tendo-se transformado num castro reduzido, simples aldeia, kóma, segundo Estrabão, com a conquista do Noroeste pelos exércitos de Augusto, ocupava apenas a plataforma limitada pela muralha central, onde se procedeu a uma profunda reestruturação urbana em função do fomento da actividade metalúrgica (fase III).
Com as reformas flavianas praticadas na região, terá entrado num período de declínio, com uma população cada vez mais diminuta a cultivar os campos das imediações, até ao seu abandono em meados do séc. IV (fase IV).
Fonte: Câmara Municipal de Paços de Ferreira

Citânia de Sanfins




Citânia de Sanfins











Citânia de Sanfins











sábado, 14 de fevereiro de 2009

Ponte Romana de Vizela

Em Vizela passava uma via romana que ligava Braga a Amarante, passando por Guimarães. Esta estrada atravessava aqui o rio Vizela, tendo sido construída uma ponte que dura até aos dias de hoje. Esta ponte é conhecida como «Ponte Romana» ou «Ponte Velha» e continua aberta ao trânsito de veículos ligeiros, atestando a robustez da engenharia romana. De facto é difícil encontrar-se construções com 2000 anos de serviço. Esta ponte está classificada como monumento nacional.
Texto de Jorge Miranda

Ponte Romana de Vizela











Ponte Romana de Vizela
















sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Torre de Ucanha - Tarouca

A sua existência já vem documentada no século XII. D. Afonso Henriques doou, em 1163, à viúva de Egas Moniz, Teresa Afonso, o couto de Algeriz, acrescentando-lhe o território de Ucanha. A ponte deve ter sido construída pelos romanos, no seguimento de uma estrada que passava ali perto. Teresa Afonso, fundadora do Mosteiro de Santa Maria de Salzedas, doou ao convento o couto que recebera do rei e foram os monges quem mais beneficiou da velha ponte, convertida em apreciável fonte de rendimento pelos direitos de portagem que seriam cobrados.
Em 1324, D. Dinis pretendeu favorecer as gentes e vila de Castro Rei, concedendo-lhes o privilégio da passagem de Moimenta para Lamego, mas face à pressão dos frades de Salzedas, o rei confirmou tal privilégio a Ucanha.
A torre, com porta de acesso bem acima do nível do chão, tem vinte metros de altura e dez de cada lado da base, onde se encontra a seguinte inscrição "Esta obra mandou fazer D. Fernando, abade de Salzedas, em 1465".
No interior, a torre divide-se em três andares: no primeiro apenas uma fresta, no segundo em duas das faces abrem-se duas janelas geminadas e no último salientam-se quatro mata-cães, apoiados em cachorros.

Torre de Ucanha - Tarouca
















Torre de Ucanha - Tarouca
















quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Torre de Qintela - Vila Real

As primeiras notícias de Quintela surgem ainda antes do alvorecer da nacionalidade portuguesa. Em 1082 aparece referência a um espaço “no lugar de Quintela, perto do rio Corgo”, no testamento de um casal, Garcia e Maiorina de seus nomes. Já a primeira referência à Torre de Quintela surge nas Inquirições de D. Afonso III, em 1258. Aí se pode ler “a torre que está começada em Quintela”.
Já no séc. XVII (mais precisamente em 1695) registam-se os foros e prazos recebidos na Torre pelo seu senhor, D. Francisco de Portugal, Conde do Vimioso, no Tombo do Morgado da Torre de Quintela. Na introdução a esse fabuloso documento, actualmente guardado no Arquivo Distrital de Vila Real, descreve-se com alguma minúcia não só a Torre como também os outros elementos que comporiam o espaço da quinta ou herdade – uma capela devotada a Santa Maria Madalena e um terreiro, situado entre as duas construções. Já nessa altura, porém, não teria a Torre outro valor para além do simbólico, pois não tinha já sobrados no seu interior, ou sequer telhado.
Na Rellação de Villa Real e seo termo, remetida à Academia Real da História em 1721, faz-se referência à mesma capela, a “carecer de reforma”, e à “magnífica torre muy levantada”.

Torre de Quintela - Vila Real